Independentemente da preparação da equipe para enfrentar o Bangu, dia 29, na Ilha do Retiro, na volta das semifinais do módulo amarelo do Brasileiro, um outro tipo de “treinamento” vem sendo feito no Sport. Na verdade, um apelo para que a torcida lote o estádio para empurrar o Sport rumo à classificação, mas que não passe dos limites.
A revolta com a arbitragem do primeiro jogo, em Moça Bonita, que terminou 3×2 para o Bangu, e as queixas relacionadas a manobras extracampo têm sido enfatizadas por jogadores e dirigentes, e acabaram insuflando os ânimos dos torcedores para transformar o ambiente no Recife em um inferno para o Bangu.
O clima está tão pesado que é o próprio presidente rubro-negro, Homero Lacerda, mais conhecido por ser “bom de briga”, teve que esfriar um pouco os ânimos. Ele foi “convocado” a conversar com os torcedores nas sociais da Ilha do Retiro, hoje.
O Leão precisa de uma vitória para chegar à final. “A guerra da torcida vai ser nas arquibancadas, com seu grito, sua
garra, e sempre levando aos jogadores do Sport a confiança e o incentivo necessários para conquistar a vitória”,
recomendou o dirigente.
O receio de Homero é que uma possível tentativa de invasão do gramado resulte na interdição do estádio. “Isso
prejudicaria muito o Sport”, lembrou o presidente, em meio a centenas do torcedores exaltados e aparentemente dispostos a qualquer ação contra o Bangu.
“Timeco”
Os rubro-negros presentes na Ilha do Retiro também aproveitaram para saudar Zé Carlos Macaé, que chamou de “timeco” a equipe do influente bicheiro Castor de Andrade. “Você é a representação da raça rubro-negra”, disse um dos torcedores.
“Vamos jogar para aniquilar o Bangu. Nós não vamos dar um minuto de descanso. Eles não terão nem condições de respirar. O nosso ritmo vai ser forte durante os noventa minutos do jogo”, comentou o lateral-esquerdo.