Por muito pouco o técnico Luís Felipe Scolari não acertou a vinda para comandar o Sport a partir da saída de Leão. Clube e treinador acertaram as bases contratuais. O que pesou para Felipão mudar de ideia após dar o “sim” foi o fato de o técnico Émerson Leão deixar em aberto a possibilidade de comandar o clube no quadrangular do título do Brasileiro, entre janeiro e fevereiro do ano que vem, antes de partir de vez.
“Eu vou precisar de tempo para implantar a minha filosofia de trabalho. Pelo que sei, o Campeonato Pernambucano começa em março. Portanto, não posso assumir o comando do time após o quadrangular”, argumentou Felipão, que está com 39 anos e já treinou do Grêmio. “Estava com muita vontade de treinar o Sport. Além disso, foi o próprio Leão quem indicou o meu nome para a diretoria. Só que tenho que proteger o meu trabalho”.
Desde o início do Brasileiro. Émerson Leão havia avisado que seu plano era retornar para São Paulo no final do ano e que, portanto, não treinaria a equipe se chegasse ao quadrangular do título brasileiro. Mas, nos últimos dias, o técnico abriu a possibilidade de comandar o Sport nos seis jogos entre 23 de janeiro e 11 de fevereiro do ano que vem antes de partir de vez para um novo contrato.
O vice de futebol do Sport, Severino Otávio, lamentou as condições de Felipão para vir. “Vindo após o quadrangular, ele não ficaria em evidência. E, caso houvesse um fracasso vindo antes do quadrangular, a desculpa seria porque não teve tempo de implantar sua filosofia. Há treinador que chega no decorrer de uma competição e toca o trabalho. O próprio Luís Felipe fez isso no Grêmio e foi campeão”, comentou o dirigente.
O presidente Homero Lacerda não descartou por completo a vinda de Felipão, embora considere a situação praticamente resolvida. De toda forma, informou que o perfil é o mesmo de Leão e de Felipão; um treinador em início de carreira e com uma visão moderna do futebol.