Temperamental, problemático, fujão, mas valioso. Sport e Botafogo finalmente chegaram a um entendimento na negociação da transferência para Éder. Mas não sem antes o staff do jogador protagonizar mais um desentendimento.
O empresário Carlos Gonzaga, segundo o Botafogo, teria negociado um valor sem autorização do clube para herdar Cz$ 600 mil no acerto. Comunicado, o Sport então passou a tratar diretamente com os cariocas.
O presidente de patrimônio do clube, Adalberto Guerra, foi ao Rio de Janeiro para bater o martelo, que, no final das contas, ficou em Cz$ 5.160.000,00. O passe do ponta-esquerda estava estipulado em Cz$ 6 milhões, com contrato válido até maio de 1988.
Além do dinheiro, que vai garantir a folha salarial do time no Brasileiro e os custos de viagens e hospedagens, o Sport se livrou também de um problema que poderia contaminar o restante do elenco.
Desde o término do Pernambucano, o jogador não demonstrava vontade de permanecer no Recife. Sumiu durante 48 dias e só reapareceu na Ilha do Retiro no final do primeiro turno do módulo amarelo.
Nesse meio tempo, tentou negociar com o Flamengo e com um clube da Bélgica, à revelia dos pernambucanos. E, quando reapareceu, já chegou com a proposta do Botafogo debaixo do braço.
No Sport, Éder atuou 14 vezes como titular na campanha do vice-campeonato estadual, marcando cinco gols.