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Rolo compressor da fase de grupos

Sport atropelou os adversários no primeiro e segundo turnos
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No aguardo do adversário das semifinais do módulo amarelo – Bangu ou Vitória -, o Sport segue treinando forte na Ilha do Retiro e faz o balanço da bela campanha na fase de grupos da competição. No grupo D, o Leão conquistou o primeiro e segundo turnos.

De certa forma, a campanha tão eficiente surpreendeu, uma vez que após o Pernambucano o clube vendeu dois importantes jogadores para fazer caixa: Heraldo e Éder.

Além disso, com dificuldades financeiras, teve de fazer apostas em jovens talentos revelados dentro do clube, como o goleiro Flávio, o volante Rogério, o meia Neco e o atacante Nando Lambada.

Mas a fórmula se mostrou eficiente, sobretudo diante do compromisso adotado pelo técnico Émerson Leão, em seu primeiro trabalho na função, e pelo elenco.

“Já sabia que tínhamos profissionais de alto nível. Então passamos a fazer um trabalho, não só técnico, de conscientização para despertar nos jogadores a importância da disciplina e força de vontade. Por isso, hoje a gente vê garotos como Neco, Augusto e Nando surgindo para o futebol”, analisa Leão.

A opção foi por um trabalho forte de preparação física, muita obediência tática e saídas rápidas com o ponta Robertinho. Na defesa, a experiência do capitão Estevam deu a segurança necessária.

Desta forma, o Sport venceu nove dos seus 14 jogos. Perdeu apenas um. E empatou outros quatro. Levou o primeiro turno com 13 pontos. Abocanhou o returno com nove pontos.

“Creio ser a primeira vez que o Sport consegue fazer 22 pontos em um Brasileiro. E ainda fizemos uma partida a menos, porque o América-RJ desistiu da competição”, relembra o treinador.

Dos prejuízos

Se dentro de campo a campanha foi um sucesso, fora dele a diretoria continua reclamando da escassez de recursos. O módulo amarelo foi disputado sem patrocinadores ou cotas de televisão.

Para piorar a situação, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) não participou do financiamento dos times nos jogos fora de casa, com passagens e hospedagens.

O Leão tenta se virar com seus próprios recursos de patrocinador, renda de bilheterias, arrecadação de sócios e outras verbas geradas dentro da Ilha do Retiro. Espera, a partir das semifinais, tirar a barriga da miséria, sobretudo se chegar à final do módulo amarelo.

Classificação do 1º turno – módulo amarelo – grupo D:

  1. Sport – 13 pontos
  2. Vitória – 9 pontos
  3. Bangu – 8 pontos
  4. Náutico – 6 pontos
  5. Treze – 6 pontos
  6. Ceará – 6 pontos
  7. CSA – 5 pontos
  8. América-RJ – abandonou

Classificação do 2º turno – módulo amarelo – grupo D:

  1. Sport – 9 pontos
  2. Bangu e Vitória – 8 pontos (disputam partida extra)
  3. Treze – 6 pontos
  4. Náutico – 4 pontos
  5. Ceará – 4 pontos
  6. CSA – 3 pontos
  7. América-RJ – abandonou
Mascote Rafa
Rafa (@rafa_de_leao)

Alô, turma da fuzarca! Bem-vindos a 1987. Sou Rafa, jornalista e rubro-negro. Minha missão aqui do passado é relatar em "tempo real", pra vocês que estão 30 anos na frente, a saga do Sport rumo ao título mais comemorado em linha reta da história do futebol. Viverei aqueles seis meses que terminaram em fevereiro de 1988 com Carnaval na Ilha do Retiro e taça das bolinhas na mão. As notícias, fotos e depoimentos são reais e têm como fonte os textos publicados pelo Jornal do Commercio na época. Foram reeditados e serão liberados dia a dia no especial obedecendo as datas das edições como se 87 fosse agora. Acompanhe a cobertura aqui e no twitter @rafa_de_leao. PST!