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O fator Aragão

Depoimento do árbitro do jogo Sport 3x1 Bangu é decisivo para Tribunal manter validade do resultado
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Silenciosa, é assim que a Ilha do Retiro permanecerá daqui para frente. Apesar de o Tribunal Especial ter mantido o
resultado do jogo Sport 3×1 Bangu, pelas semifinais do Brasileiro, no Recife, os juízes interditaram o estádio por causa dos arremessos de pedras e da confusão generalizada.

O resultado foi consumado por três votos a dois. O aperto na votação assustou os dirigentes rubro-negros. O grande ponto a favor dos pernambucanos foi o depoimento do árbitro José de Assis Aragão. Ao tribunal, ele não ressaltou acontecimentos fora do normal durante o confronto.

Curiosamente, Aragão havia sido arrolado pelo Bangu como testemunha de defesa na tentativa de ganhar os pontos do jogo e forçar a realização de nova final do módulo amarelo, envolvendo Bangu e Guarani.

“Não fui coagido por ninguém. E, dentro de campo, houve total segurança da polícia. A partida foi normal. Tanto que só houve um cartão amarelo. Os incidentes que aconteceram foram depois do jogo. Mas eu e os auxiliares saímos com tranquilidade”, relatou o árbitro.

Uma gravação da partida foi apesentada no tribunal com as cenas do pós-jogo, em que houve confusão entre jogadores, jornalistas e dirigentes. Isso pesou para a interdição da Ilha do Retiro e o pagamento de uma multa de 40 OTNs (índice de referência do Tesouro Nacional). O Sport ainda estuda se vai recorrer da interdição do estádio.

Sport x Guarani

Quanto ao julgamento da partida final do módulo amarelo, em que Sport e Guarani se autodeclararam campeões ao encerrarem as cobranças de pênalti em 11 a 11, o procurador do Tribunal Especial, Herman Seixal, entende que a partida foi realizada e que, portanto, não seria cabível a eliminação das duas equipes.

Mas defendeu que os pênaltis configuram uma outra decisão. Na visão dele, caberia então à CBF administrativamente ratificar o título duplo ou pedir para que as equipes voltassem a campo somente para terminar as cobranças de pênalti. Desta forma, aceleraria o julgamento do Tribunal Especial.

Mascote Rafa
Rafa (@rafa_de_leao)

Alô, turma da fuzarca! Bem-vindos a 1987. Sou Rafa, jornalista e rubro-negro. Minha missão aqui do passado é relatar em "tempo real", pra vocês que estão 30 anos na frente, a saga do Sport rumo ao título mais comemorado em linha reta da história do futebol. Viverei aqueles seis meses que terminaram em fevereiro de 1988 com Carnaval na Ilha do Retiro e taça das bolinhas na mão. As notícias, fotos e depoimentos são reais e têm como fonte os textos publicados pelo Jornal do Commercio na época. Foram reeditados e serão liberados dia a dia no especial obedecendo as datas das edições como se 87 fosse agora. Acompanhe a cobertura aqui e no twitter @rafa_de_leao. PST!