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O beija-mão do genro de Havelange

Ricardo Teixeira na Federação Pernambucana de Futebol, ao lado de dirigentes locais
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Sorrisos, abraços e muitos tapinhas nas costas não faltaram hoje no gabinete refrigerado do presidente da Federação Pernambucana de Futebol (FPF), Fred Oliveira, na área central do Recife.

Em plena campanha eleitoral, embora as eleições da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) só sejam em janeiro de 1989, Ricardo Teixeira – genro do presidente da Fifa, João Havelange – veio ao Recife depois de passar por Fortaleza e Natal para fortalecer o apoio a candidatos às federações locais.

O motivo é óbvio: o compromisso de depois votarem nele para a presidência da entidade máxima do futebol nacional caso vençam nas “províncias”.

O presidente da FPF é um dos principais cabos eleitorais de Ricardo Teixeira, após romper com a atual administração, formada pelo presidente Otávio Pinto Guimarães e o vice Nabi Abi Chedid. Fred Oliveira acompanha o pré-candidato neste giro pelo Nordeste.

Em Fortaleza, eles conferiram a votação que resultou na vitória de José Alci, candidato apoiado pelo genro de Havelange. No Rio Grande do Norte, as eleições locais vão ocorrer amanhã. Mas a vitória já é dada como certa.

Na Federação Pernambucana, Teixeira tratou de agradar os pernambucanos quanto ao modelo de Brasileiro que pensa em implantar.

“Creio que 16 equipes na 1ª divisão é muito pouco. Há uma resolução do CND (Conselho Nacional de Desportos) estabelecendo o número mínimo de 20 times. Clubes como Sport, Náutico, Guarani e América-MG não podem ficar fora”, comentou o pré-candidato.

Ricardo Teixeira deve retornar ao Recife em março de 1988 para acompanhar as eleições locais, hipotecando apoio a Fred Oliveira, na tentativa de reeleição.

Mascote Rafa
Rafa (@rafa_de_leao)

Alô, turma da fuzarca! Bem-vindos a 1987. Sou Rafa, jornalista e rubro-negro. Minha missão aqui do passado é relatar em "tempo real", pra vocês que estão 30 anos na frente, a saga do Sport rumo ao título mais comemorado em linha reta da história do futebol. Viverei aqueles seis meses que terminaram em fevereiro de 1988 com Carnaval na Ilha do Retiro e taça das bolinhas na mão. As notícias, fotos e depoimentos são reais e têm como fonte os textos publicados pelo Jornal do Commercio na época. Foram reeditados e serão liberados dia a dia no especial obedecendo as datas das edições como se 87 fosse agora. Acompanhe a cobertura aqui e no twitter @rafa_de_leao. PST!